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» »Unlabelled » Egípcios respiram clima de liberdade e esperança

Foto: Manoocher Deghati/Agência Estado
No dia seguinte à renúncia do presidente Hosni Mubarak, a vida na capital egípcia, Cairo, aos poucos vai voltando ao normal, enquanto o futuro político do país começa a ser discutido, depois de quase 20 dias de protestos e violência.  Na praça Tahrir, ponto principal de concentração dos protestos iniciados em 25 de janeiro, centenas de pessoas continuavam acampadas neste sábado. Milhares de manifestantes passaram a noite no local, comemorando a saída do presidente.

O Exército egípcio começou neste sábado a retirar as barricadas dos acessos à praça, removendo carros queimados que serviam de barreiras. As Forças Armadas mantêm tanques e veículos blindados nas ruas, principalmente em frente aos prédios do governo e de outras instalações importantes. O clima é de comemoração por parte dos cidadãos. Muitas bandeiras do Egito pode ser vistas nas janelas dos prédios e penduradas em árvores. O comércio voltou a abrir normalmente e o policiamento foi retomado, com a circulação de viaturas nas ruas do Cairo.

As emissoras de TV locais já realizam debates discutindo o futuro político do Egito, assim como as reformas que o Conselho das Forças Armadas - que assumiu o controle do país após a saída de Mubarak - pode realizar. Diversos grupos já propõem mudanças na Constituição, nos artigos referentes ao processo político e às liberdades civis. A forma de governo do país - com a definição entre presidencialismo e parlamentarismo - também deve entrar em discussão.

Mubarak continua com sua família em seu palácio no resort de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, sob forte esquema de segurança montado pelo Exército. Segundo o correspondente da BBC no Cairo, Jon Leyne, ainda não se sabe se o ex-presidente permanecerá no Egito. Também é incerto o futuro do vice-presidente, Omar Suleiman, e de outros civis que mantiveram seus cargos do governo anterior.

Depois da renúncia de Mubarak, na sexta-feira, os poderes presidenciais ficaram com o Conselho das Forças Armadas, liderado pelo ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi. O Alto Conselho militar afirmou que está preparado para suprir as “demandas legítimas” do povo egípcio. Por enquanto, não se sabe quais serão os próximos passos do novo governo. Os militares também disseram que encerrariam o estado de emergência que vigora no país há 30 anos.

“Estamos cientes da magnitude da situação e da gravidade das demandas do povo em implementar mudanças radicais. O conselho está estudando esse tema com a ajuda de Deus em um esforço de alcançar as aspirações de nosso povo”, disse o porta-voz das Forças Armadas. Ele  agradeceu a Mubarak “pelo que ele nos deu durante seu tempo, em guerra e paz, e por sua decisão de colocar os interesses do país em primeiro lugar”.

COMEMORAÇÕES

No clima de comemoração pós-renúncia de Mubarak, um dos expoentes da oposição, Mohamed ElBaradei, ex-chefe da Agência Atômica da ONU, disse à BBC que sentiu “alegria e euforia” porque, “após anos de repressão, o Egito finalmente foi libertado e colocou-se no caminho para um país de democracia e justiça social”. Questionado pela BBC sobre a cúpula militar que está no poder no país, ElBaradei disse esperar que “ela divida o poder com os civis durante o período de transição. Espero que tenhamos um conselho presidencial, um governo de unidade nacional e tempo suficiente - talvez um ano - para nos prepararmos para eleições genuinamente livres”.

Apenas meia hora depois do anúncio da renúncia, a Suíça informou que vai instruir seus bancos a congelar eventuais bens de Mubarak e sua família. Medida semelhante havia sido tomada pelo governo suíço com relação aos bens do ex-presidente tunisiano Zine Al-Abidine Ben Ali e do marfinense Laurent Gbagbo, que tenta permanecer no poder na Costa do Marfim. Não se sabe quanto dinheiro Mubarak tem no exterior, mas especula-se que a quantia transferida pelo ex-presidente para fora do Egito chegue a bilhões de dólares, e parte disso estaria guardada na Suíça. Na última quinta-feira, em um pronunciamento pela televisão, Mubarak havia rejeitado renunciar, mas admitira transferir alguns poderes para seu vice.

Tropas do Iêmen reprimem manifestações antigoverno 

Tropas no Iêmen contiveram alguns manifestantes antigoverno que celebravam a renúncia do mandatário egípcio, Hosni Mubarak, e exigiam a saída do próprio presidente.  Milhares de jovens iemenitas se reuniram em Sanaa, capital do país, neste sábado. “Depois de Mubarak, é a vez de Ali”, gritavam alguns dos cerca de 4 mil manifestantes, sendo a maioria jovens estudantes.  A saída de Mubarak após uma revolta popular de 18 dias levantou dúvidas sobre a estabilidade a longo prazo do Iêmen e outros governos aliados do Ocidente na região. O presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, está no poder há três décadas e tentou conter a agitação popular com a promessa de não deixar o cargo ao fim do atual mandato.

Testemunhas disseram que vários milhares de manifestantes foram retirados das ruas de Sanaa por tropas e agentes de segurança à paisana na noite de sexta-feira.

Na Argélia, milhares de pessoas desafiaram uma proibição oficial de manifestações na capital argeliana e se reuniram no centro da cidade para exigir mudanças no regime de governo, um dia após protestos similares terem derrubado o presidente egípcio, Hosni Mubarak.  Organizadores da marcha estimam que cerca de 10 mil pessoas tomaram o centro de Argel aos gritos de “não à polícia” e “fora Bouteflika”, uma referência ao mandatário argeliano, Abdelaziz Bouteflika, que está no poder desde 1999. Os manifestantes entraram em confronto com policiais que tentavam bloquear as ruas e dispersar a multidão. Desde a noite ontem, forças de segurança se preparavam para conter os protestos. Algumas prisões foram relatadas.

A marcha surge em um momento delicado para Argélia. Uma revolta popular de 18 dias no Egito provocou a renúncia de Hosni Mubarak, semanas depois que o presidente tunisiano, Zine El Abidine Ben Ali, deixou o poder. O sucesso destas manifestações parece alimentar esperanças entre aqueles que buscam mudanças na Argélia, ainda que muitos temam qualquer perspectiva de violência após a guerra civil de 1990, que deixou 200 mil mortos.

Organizada pela Coordenação para Mudança Democrática na Argélia - um grupo formado por ativistas de direitos humanos, advogados, sindicalistas e outras categorias -, a marcha visa a pressionar por reformas que conduzam o país em direção à democracia.

China minimiza queda e alerta contra caos

A mídia estatal chinesa minimizou as notícias da revolta popular que derrubou o presidente egípcio, veiculando neste sábado apenas artigos breves e um editorial alertando de que o país árabe pode entrar em “caos”.  A relutância em destacar as comemorações em Cairo provavelmente surge do medo de disseminar uma agitação na China que possa ameaçar o monopólio do Partido Comunista no poder. O governo chinês pune implacavelmente a dissidência política e proíbe manifestações populares.

Boa parte dos jornais chineses e sites de notícias veiculavam uma cobertura concisa da agência estatal Xinhua, que trazia fatos básicos sobre a renúncia de Hosni Mubarak, mencionando brevemente os protestos generalizados que provocaram sua queda. As notícias do Egito foram enterradas no meio do noticiário da emissora estatal de televisão neste sábado. A CCTV não colocou no ar qualquer imagem dos manifestantes, e sim mostrou cenas de lojas fechadas e ruas desertas. Desde o início dos protestos no Egito, a busca pelas palavras “Egito” e “Mubarak” em páginas de microblogs na Internet foi bloqueada, mas a restrição pode ser contornada pela versão abreviada do nome do ex-presidente egípcio “Muba”.
 

*Com informações da Agência Estado 

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