Caso o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn) não entre em comum acordo com os rodoviários (motoristas e cobradores) uma paralisação por tempo indeterminado vai acontecer a partir da próxima quarta-feira, 11 de junho.
Segundo informações do Seturn as negociações com o Sintro-RN (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Rio Grande do Norte) não avançam devido o percentual de aumento salarial cobrado pelos trabalhadores, a categoria exige uma aumento salarial de 16%, além do aumento no valor pago pelo auxílio-alimentação.
O Seturn alega que não tem condições financeiras para conceder o que os trabalhadores exigem e que só há duas maneiras de se implantar tal reajuste. O primeiro seria um aumento na tarifa dos ônibus, coisa que não ocorre desde 2011, quando o valor passou de R$ 2,00 para R$ 2,20.
A segunda opção é a que o Seturn busca, a desoneração tributária do ISS (Imposto Sobre Serviços) pago à Prefeitura do Natal. Um convite à secretária municipal de Mobilidade Urbana, Elequicina dos Santos, foi enviado para que a mesma sentasse juntamente com o Seturn e o Sintro-RN na mesa de negociações, mas a secretária disse em entrevista ao jornal Tribuna do Norte que ela não iria se meter na "briga" entre patrões e empregados.
O prefeito Carlos Eduardo Alves, disse ao mesmo jornal que não poderia opinar sobre o assunto uma vez que o mesmo teria primeiro que analisar a proposta de isenção do ISS.
Segundo levantamento a Prefeitura arrecada por ano cerca de R$ 7 milhões de reais com o ISS das empresas de ônibus da cidade, sendo responsável por 4% de toda a arrecadação do município.
Já o Seturn afirma que o ISS é responsável por 5% do valor da tarifa dos ônibus e que nos últimos três anos as empresas vem sofrendo com um prejuízo mensal de R$ 1 milhão de reais.
Uma nova reunião entre empregados e patrões será realizada hoje (6) na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do RN (SRTE/RN). A confirmação ou não da greve a partir do dia 11 sairá justamente dessa reunião.
A postura da Prefeitura de se manter surda diante dessa eminente paralisação que vai afetar diretamente à mais de 500 mil usuários do transporte público é no mínimo amadora.
*Por: Rodrigo Klyngerr
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