O Pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou à unanimidade e com ressalvas as contas de campanha da presidenta Dilma Rousseff (PT).
A votação ocorreu ontem (10), último dia determinado pela Lei eleitoral. Assim que o julgamento teve início, os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes criticaram o Ministério Público que tentou tirar o processo de Mendes, relator do caso, a fim de entregá-lo para outro ministro.
No começo da semana um grupo formado por 16 técnicos do TSE emitiram um relatório pedindo a reprovação das contas de campanha da presidenta Dilma, o advogado Arnaldo Versiani, que defende a presidenta, afirmou que não houve nenhuma irregularidade, contrariando o relatório.
Ao falar sobre o parecer do Ministério Público Eleitoral, o procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, afirmou que menos com 48h para analisar as contas, o MPE era favorável pela aprovação das contas com ressalvas.
Por ser o relator do processo, Gilmar Mendes, foi o primeiro a declarar voto e após duas horas de uma longa análise declarou ser favorável pela aprovação com ressalvas.
Após uma pausa a sessão foi retomada e o primeiro a declarar voto foi o ministro Luiz Fux, que seguiu o voto do relator e aprovou as contas com ressalvas.
Os demais ministros Admar Gonzaga, Maria Thereza de Assis, Luciana Lossio e João Otávio de Noronha votaram favoráveis a aprovação com ressalvas das contas de campanha da presidenta Dilma.
O último ministro do TSE a votar foi o presidente Dias Toffoli, ele poderia abrir mão de votar, sendo obrigado apenas se houvesse empate, mas ele declarou que iria seguir o voto do relator e dos demais ministros e aprovou as contas com ressalvas.
O ministro Gilmar Mendes afirmou que os técnicos do TSE foram rigorosos demais, porém ressaltou que os indícios de irregularidades na arrecadação de recursos para a campanha presidencial do PT, serão encaminhados para os órgãos responsáveis para uma investigação mais apurada e para possíveis punições.
Esta foi a primeira vez que o TSE aprovou com ressalvas contas de um presidente da República eleito, ou no caso de Dilma Rousseff, reeleita.
A presidenta poderá ser diplomada no próximo dia 18.
*Por: Rodrigo Klyngerr
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