Alexandre Pato foi uma das contratações mais caras do Corinthians, mas o desempenho dentro de campo não está sendo o esperado. Foto: Arquivo |
O Corinthians não sabe o que fazer com Alexandre Pato. No final do ano passado, a crença era que a chegada de Mano Menezes conseguiria colocar o atacante nos eixos. Mais importante do que isso, faria com que a torcida esquecesse as partidas ruins do atacante e o pênalti perdido contra o Grêmio na Copa do Brasil do ano passado.
“É muito cedo para falar sobre isso. Vamos esperar, né?”, desconversou o diretor de futebol, Ronaldo Ximenes, quando foi questionado sobre o futuro do jogador, na tarde da terça-feira (4).
A invasão de integrantes de torcidas organizadas ao Centro de Treinamento do clube, no sábado de manhã, deixou a diretoria alarmada por vários motivos. Um deles é Alexandre Pato, ao lado de Emerson, o principal alvo da fúria da torcida. A reportagem apurou que avaliação do departamento de futebol é que não há mais clima para o jogador com a torcida. Mas não há muito o que fazer.
“Não recebemos nenhuma proposta, além da Udinese-ITA pelo Edenílson. Pelo Pato, não temos nada”, confirmou o diretor de futebol.
A janela de transferências para o mercado europeu foi encerrada no último dia 31. O Corinthians recebeu apenas uma sondagem da Juventus-ITA, que queria o jogador por empréstimo de quatro meses, sem pagar nada e com o clube brasileiro ainda continuando a pagar os salários.
O Flamengo mostrou interesse em fazer negócio envolvendo uma troca pelo meia Carlos Eduardo. Mas essa negociação não interessa à diretoria corintiana. A possível disposição do Atlético-MG em fazer uma oferta não chegou ao Parque São Jorge. O Corinthians pagou, parcelado, cerca de R$ 40 milhões por Pato e deseja recuperar, pelo menos, boa parte do dinheiro investido.
Em 63 jogos até agora com a camisa da equipe, Pato fez 17 gols. Com Mano, até agora, não se firmou como titular. Até mesmo em partidas que o Corinthians precisava desesperadamente de gols, ele entrou apenas nos minutos finais. Como na goleada por 5 a 1 sofrida diante do Santos.
Mano Menezes não aceita que qualquer decisão a respeito do jogador seja tomada baseada nas ameaças das organizadas que invadiram o CT.
“A gente precisa trabalhar com a razão. Não seria respeitoso se a decisão [da saída de Pato] obedecesse a esse tipo de ameaça. Mas não podemos deixar de fazer o que é correto e necessário para melhorar”, disse o técnico, evitando se comprometer.
Mas quando o jogador reclamou das vaias da torcida, Mano avisou que o melhor que ele tinha a fazer era “falar com os pés.” Até porque, por enquanto, não existe uma solução à vista que não seja a sua permanência no clube.
*Com informações do Alex Sabino/Folhapress
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