Em assembleia realizada na noite de ontem (24), no Sindicato
dos Médicos do RN (Sinmed), os profissionais que atuam pelo Governo do Estado aprovaram indicativo de
greve. O indicativo de greve foi motivado pelo descontentamento com a proposta
enviada pela Sesap (Secretaria de Saúde Pública) para o reajuste referente ao escalonamento do piso
Fenam. Segundo um acordo firmado em 2013 entre categoria e governo, o reajuste deveria ser de 20% em
fevereiro deste ano e seguir com pouco mais de 18% ao ano, até 2018.
Uma nova proposta do estado de reajuste salarial seria
realizado em forma de gratificação diferenciada de acordo com os portes
hospitalares, a ser incorporada ao piso salarial dos médicos somente ao
final da implantação do piso Fenam.
Na nova proposta do governo, uma gratificação de 14% em 2014 somados com mais 18,75% até 2018 seria concedido aos médicos das unidades de Porte 1, que incluem hospitais como
Walfredo Gurgel e Giselda Trigueiro, já para os profissionais das unidades
de porte 2 receberiam 10% de gratificação em 2014 e 14% até 2018, enquanto para os médicos das unidades de porte 3 o reajuste seria de 8%
em 2014, mais 10% ao ano até 2018. Como se trata de gratificação os
médicos aposentados estariam excluídos da negociação.
Os profissionais rejeitaram esta nova proposta e discordam com a
diferenciação da classe de acordo com o porte hospitalar e com a
proposta de uma gratificação, diferente do aguardado que é um aumento
salarial com incorporação no piso da categoria. Também não agrada a
diferença entre profissionais da ativa e os aposentados além de outras
inconsistências na tabela enviada pela Sesap.
A categoria apresentará uma contraproposta ainda esta semana, através do presidente
do Sinmed, Geraldo Ferreira, e incluirá o aumento salarial no piso da
categoria, sem a diferenciação da classe por níveis hospitalares. Em
caso de inviabilidade da proposta a longo prazo a segunda sugestão é o
aumento salarial de 14% de forma igualitária para todos os
profissionais, ainda este ano.
Uma nova assembleia foi marcada para o dia 10 de março, às 19h, no
auditório da Associação Médica do RN, para discussão das respostas do
governo e possível deflagração da greve.
*Por: Rodrigo Klyngerr
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