Um episódio de racismo marcou de maneira negativa a rodada desta quarta-feira (12) da Copa Libertadores da América. Torcedores do Real Garcilaso, do Peru, faziam sons e gestos imitando macacos cada vez que o meia Tinga, do Cruzeiro, recebia a bola no campo de jogo. O resultado acabou sendo de 2 a 1 em favor dos peruanos.
Jogador disse que trocaria títulos na carreira pelo fim do preconceito racial. Foto: Washington Alves/Vipcomm |
Ao final da partida, ainda no gramado, Tinga lamentou o episódio. "Eu queria, se pudesse, não ganhar nada e ganhar esse título contra o preconceito, trocava todos os meus títulos pela igualdade em todas as áreas", declarou.
Após a partida, Tinga recebeu apoio de companheiros de time, de rivais do Atlético-MG e até da presidente Dilma Rousseff. Todos se manifestaram através das redes sociais Twitter e Facebook.
"Lamentáveis as coisas que aconteceram aqui no Peru!! Estádio sem condições de jogo, segurança zero, racismo... Já sofri esse tipo de preconceito na Europa e sei como é triste. Será que a Conmebol se pronuncia?", escreveu Júlio Baptista, companheiro de equipe de Tinga.
O presidente do Atlético-MG esqueceu a rivalidade e lamentou o ocorrido. "Racismo na Libertadores? Me tiraram o prazer da derrota do Cruzeiro. Lamentável!", escreveu Alexandre Kalil.
Outro rival de Tinga em campo, o volante Gilberto Silva mandou uma mensagem de apoio ao cruzeirense. "Força Tinga,você é maior do que todo esse idiotismo racial que infelizmente ainda existe", ressaltou.
Nesta quinta-feira (13), foi a vez da presidente Dilma Rousseff manifestar através das redes sociais seu apoio ao atleta. "Foi lamentável o episódio de racismo contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, no jogo de ontem, no Peru.", postou a presidente. "Acertei com a ONU e a FIFA, que a nossa #CopaDasCopas também será a #CopaContraORacismo.", acrescentou.
*Com informações da Tribuna do Norte
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