Faltando pouco para o início das convenções partidárias o acordão em torno das candidaturas de Henrique Eduardo Alves (PMDB) para o Governo e Wilma de Faria (PSB) para Senado poderão sofrer sua primeira baixa.
Em entrevista ao blog da jornalista Thaisa Galvão, o braço direito do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT) e presidente do PDT Natal Kléber Fernandes, demonstrou a insatisfação da legenda com o acordão.
"Se a convenção fosse hoje o clima não seria favorável ao apoio à coligação PMDB-PR-PSB", declarou Kléber Fernandes que também responde pelo Gabinete Civil da Prefeitura do Natal.
Ao ser questionado pela jornalista se haveria possibilidade do PDT retirar o apoio às candidaturas de Henrique e Wilma, Kléber foi categórico. "A convenção do partido, que é soberana, é que vai decidir. Acontece que hoje há, de fato, uma insatisfação nas bases", confirmou.
Kléber afirmou que a insatisfação com o acordão gira em torno das alianças para a chapa proporcional, já que o PDT ambiciona eleger um deputado federal e aumentar o número de estaduais na Assembleia, problema enfrentado pelo PSD de Robinson Faria com o PT de Fátima Bezerra.
"O PDT nunca fez nenhuma imposição à chapa majoritária. Mas, logicamente tem um projeto nessa eleição, que é eleger um deputado federal e ampliar nosso espaço na Assembleia", destacou.
Sobre uma afinidade maior entre o PDT com o PSD e PT, Kléber afirmou que há mesmo essa afinidade, mas lembrou que Henrique e Garibaldi foram parceiros da gestão Carlista em Brasília. "Logicamente Fátima deu grande contribuição ao PDT e à gestão. Mas Henrique e Garibaldi também foram parceiros em Brasília. O fato é que o PDT representa um peso político e eleitoral considerável", lembrou.
Quando questionado se essa "ameaça" não seria apenas para colocar medo no PMDB, Kléber Fernandes negou e voltou a afirmar que se as convenções fossem hoje o PDT não apoiaria Henrique e Wilma. "De forma alguma. Se a convenção fosse hoje o clima não seria favorável ao apoio à coligação PMDB-PR-PSB", declarou.
O presidente do diretório municipal do PDT cobrou reciprocidade e respeito à legenda. "Esperamos que tenhamos a reciprocidade e o respeito à altura do apoio e do peso do PDT", disparou.
Se o PDT vai ou não pular fora do acordão isso só o tempo vai dizer.
*Por: Rodrigo Klyngerr
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