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» »Unlabelled » Entrevista no caderno de política do Diário de Natal com a prefeita Micarla de Sousa

O jornal Diário de Natal deste domingo, fez uma grande entrevista em seu caderno de política, com a prefeita do Natal Micarla de Sousa. A prefeita falou de suas ações nestes dois anos de administração, das dificuldades encontradas de alianças e o que espera para os próximos dois anos à frente da Prefeitura do Natal. Veja logo abaixo a entrevista na íntegra.

Entrevista na íntegra da prefeita Micarla de Sousa ao jornal Diário de Natal:


Como a senhora avalia os dois primeiros anos da sua gestão?
Esses dois anos foram de muita dificuldade. Isso eu deixei muito claro. Acho que se tem algo que a população reconhece em mim é que eu tenho sido muito franca, transparente e verdadeira com tudo o que vem passando, tanto do lado bom, dos Centros de Educação Infantil, que nós conseguimos entregar; do plano de cargos, carreira e vencimentos; das obras que entregamos em Nossa Senhora da Apresentação; e tantas outras, como a UPA, os AMEs... Como a população também tem me visto reclamar, gritar, dizer: olha, não está dando. É muita dificuldade administrar a cidade com os poucos recursos que estavam vindo até então.

Quais são essas principais dificuldades?
A falta de recursos. Acho que essa é a principal. Ninguém venha dizer que consegue administrar uma casa, uma empresa ou uma cidade ou um país, se não consegue fechar as receitas e as despesas. Quando as receitas começam a cair e as despesas continuam no seu nível de crescimento. É óbvio que uma dona decasa, que administra uma casa com mil reais e, de repente, por algum motivo, tem uma queda de R$ 300 ou R$ 400 vai ter dificuldades para conseguir continuar administrando sua casa. A mesma coisa é uma cidade. Nós tivemos várias quedas de arrecadação. Queda no Fundo de Participação dos Municípios, no ICMS... A única queda que não tivemos foi na arrecadação própria do município. Mas a nossa arrecadação própria corresponde ao valor menor da receita.

Em relação aos governos federal e estadual, como foi o relacionamento da sua gestão até agora?
Natal e o RN todo sabem que foi muito delicado. Tivemos momentos de embates mais sérios. Eu sempre cobrando recursos que vinham para Natal antes de eu ser prefeita e que deixaram de vir. Com tudo isso, a cidade começou a ver e cobrar, tanto dos gestores da época como também dos próximos gestores, um compromisso maior com a cidade. Então, com essas retiradas abruptas de recursos, os cidadãos e cidadãs começaram a cobrar um outro relacionamento para com Natal. Quantas vezes, eu estou parada nas ruas e as pessoas me dizem: olha, eu já conversei com a nova governadora [Rosalba Ciarlini] para que ela não faça o que fizeram com você. Foram anos difíceis, complicados, mas, agora, existe toda uma possibilidade para a nossa cidade de reverter todo esse processo, principalmente com o advento da Copa. Acho que a Copa é com certeza o melhor presente que a nossa cidade poderia receber. Acho que, nos últimos cem anos, a gente não recebeu um presente como esse para a nossa cidade. A Copa vai trazer vários investimentos. A prefeitura está se preparando. Já começamos, inclusive, a fazer as primeiras licitações nesse sentido, com relação à mobilidade urbana. Mas é um desafio que temos pela frente para vencer.

Do ponto de vista da gestão, que mudanças a senhora prepara no sentido de facilitar a administração nos próximos dois anos?
Até a última semana do ano, nós vamos apresentar à população um relato de tudo o que foi feito nos últimos dois anos e tudo o que pretendemos continuar e fazerde projetos novos. O nosso foco principal continuará sendo para duas áreas. Primeiro, a Saúde, onde nós conseguimos nesses primeiros anos dar a primeira resposta à população, quando inauguramos uma UPA e quatro unidades das AMEs, um novo conceito, onde a população, principalmente a mais carente, tem acesso a serviços de qualidade. Além disso, vamos fechar o ano com 36 Centros de Educação Infantil sendo entregues à população. Na hora em que valorizamos e criamos um plano para os servidores, depois de 20 anos de espera, também é uma forma da gente dizer à população que queremos servidores valorizados, para dar um rendimento melhor nos seus serviços.

Pode haver um enxugamento na estrutura?
A nossa estrutura já é muito enxuta. A folha de pagamento, com todos os impostos, chega a quase R$ 30 milhões. Mas, com relação aos cargos comissionados, com quem podemos mexer, dos R$ 30 milhões, nós temos o valor de R$ 1,8 milhão. Então, com certeza, é um valor muito pequeno, diante da nossa folha de pagamento. Mais importante do que reduções é otimização. Por isso tenho batido muito nessa tecla: otimização. Nós vamos fazer algumas readequações para azeitar a máquina administrativa.Não existe nenhum tipo de reforma administrativa prevista. Existe um reordenamento.

A senhora anunciará essa reforma ainda neste ano?
Eu não chamo nem de reforma. Esse reordenamento será anunciado, sim, na última semana do ano.

Esse reordenamento tende a mudar o perfil político da gestão, do ponto de vista da participação dos partidos?
Não. A idéia é que os partidos que já estejam conosco possam participar.

Nessa cota está o DEM, por exemplo?
Estive com o senador José Agripino, conversando com ele, até no Rio de Janeiro, no evento da CBF, e o que ele me falou é que, nesse momento agora, o DEM continua. O DEM tem vários cargos no segundo e no terceiro escalão. Tem algumas pessoas que participam. Essas pessoas vão continuar. Mas, o secretário do DEM que estava no primeiro escalão [Demétrio Torres] optou por sair para poder fazer parte de umleque de opções para a governadora Rosalba. Eu sei que o DEM, até por estar iniciando esse desafio tão grande, que é administrar o governo, é óbvio que chamará seus quadros, o que é natural, para participar desse novo desafio que eu acabo de colocar.

Mas não é rompimento?
Não. De forma alguma. Pelo menos da minha parte, o que posso dizer é que continua da mesma forma. Eu tenho pelo senador José Agripino e pelos deputados federais Betinho Rosado, Felipe Maia e pela governadora, com qual eu também contribuí de alguma forma. Acredito no potencial da nossa governadora Rosalba, dos deputados estaduais. Agora mesmo, o deputado Felipe Maia acabou de colocar R$ 21 milhões em emendas, que obviamente eu só posso dizer que vão sair a partir do momento que o governo federal empenhá-las, mas foi um gesto do deputado, de destinar esses recursos para serem administrados por nossa gestão, na área de drenagem e pavimentação. Acho que existe muita celeuma sendo criada. Mas uma coisa é muito prática: o DEM precisa dos seus melhores quadros para administrar o Estado, que é um grande desafio. A última vez que o DEM administrou o Estado foi ainda com José Agripino governador.

Essa mudança no secretariado indicará a base que apoiará a senhora nas eleições de 2012?
Nesse momento em que estou vivendo agora, confesso que não estou preocupada com as eleições de 2012. O meu desafio é muito maior do que as eleições de 2012, neste momento. É provar à população que confiou, acreditou em mim, e que continua acreditando e confiando, que uma mulher jovem, de um partido pequeno, como o Partido Verde - eu sendo a única prefeita de capital do partido na América Latina -,pode fazer uma cidade ter um padrão de qualidade de vida diferenciado, uma cidade que possa ser sustentável, que possa ter uma economia forte, um meio ambiente equilibrado, mas que possa ter justiça social. São alguns pontos que para mim hoje são mais importantes do que ficar pensando no que vai ocorrer em 2012. A eleição de 2012 é conseqüência. Não pode ser a causa que vai gerar uma motivação para que eu possa administrar de uma forma ou outra. Se em 2012, a população olhar e disser: eu quero que Micarla continue esses projetos, eu vou continuar. Então, não adianta colocar o carro na frente dos bois. Com relação a isso, não vou ficar falando nem articulando.

Então, hoje a senhora não é pré-candidata à reeleição?
Ninguém é candidato de si próprio. As pessoas, lá na frente, vão dizer: fulano, cicrano vão ser candidatos. Ninguém pode se autodenominar candidato. É um tempo que se tem a percorrer. Então, estou muito tranqüila.

Com as posses da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) e da governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM), a senhora acredita que o quadro se reverta?
Eu tenho muita fé nisso. Os primeiros sinais já foram lançados. Já agora, no final do governo Lula, conseguimos viabilizar obras de mobilidade urbana no valor de R$ 320 milhões. Conseguimos incluir Natal no PAC-2, com obras de quase R$ 200 milhões, resolvendo um problema sério de drenagem da área central da cidade. Conseguimos também oito unidades básicas de Saúde no PAC social; oito Centros de Educação Infantil; duas grandes praças, que eles chamam praças do PAC, as quais terão até cinema dentro, de tão grandes. Com tudo isso, só essas obras que acabei de colocar, são mais R$ 23 milhões. Temos no Prodetur mais R$ 74 milhões. Com relação a Rosalba, acho que ela vai ter mais dificuldades. Óbvio que ela também vai nos ajudar, mas não imagino que no primeiro ano ela possa colaborar muito, pois o Estado está enfrentando dificuldades financeiras.

A deputada federal Fátima Bezerra (PT) disse que se houvesse projetos os recursos já teriam vindo para Natal, e classificou sua gestão de "apagão administrativo".
Olha, eu tenho todo o respeito pela deputada federal Fátima Bezerra. Nós participamos de uma campanha como adversárias. Essa campanha acabou. Eu já tive oportunidade, em vários momentos, nos dois primeiros anos, de ser acompanhada pela deputada Fátima em lutas a favor da nossa cidade. Se a presidente eleita Dilma Rousseff foi procurar o apoio da prefeita de Natal, com certeza, por tudo que ela representa, não iria se aliar a alguém que fosse responsável por um apagão administrativo. A presidente é do partido da deputada, então não quero entrar em nenhum tipo de celeuma. Hoje, nós somos uma das cidades com maior índice de andamento das obras do PAC. Para o PAC 2, só foram chamadas as cidades que deram resultados no PAC 1. Tenho a consciência tranqüila.

Como a senhora avalia a diferença de postura entre o PT nacional e o PT local?
É estranho. Os principais nomes do PT, nacionalmente, tratam tanto a mim quanto à minha gestão como muito respeito, colocando sempre essa questão da eficiência e da admiração que eles têm por mim e pela minha administração. As questões locais, a oposição local, termina, muitas vezes, colocando uma venda nos olhos. Eu às vezes chego a comentar isso com alguns integrantes do Governo Federal, porque as colocações que eu escuto em Brasília, dos integrantes do PT, são totalmente diferentes das que escuto aqui em Natal.

O PT ou PSB poderia vir a participar da sua gestão?
Eu nunca pensei nem falei sobre o PT. Nem em relação ao âmbito nacional nem à questão local. E nós não temos nenhum tipo de aproximação com o PSB. Eu não tive conversas com nenhum partidoque não faz parte da base da nossa gestão. Continuamos com o DEM, o PSDB, o PMN, o PP e o PR.

O PMDB entra nessa conta?
O PMDB também, porque já participa da nossa gestão, por meio da Secretaria de Habitação.

A senhora fez o convite para que o PMDB ocupasse formalmente mais espaço, mas a legenda se declarou independente. Como fica esse relacionamento?
Conversamos desde o primeiro semestre. Tanto o deputado Henrique como o senador Garibaldi, desde o ano passado, em vários momentos já haviam ajudado à nossa gestão. Eles batalharam os recursos e conseguimos quatro UPAs. Daí fiz o convite para que indicassem alguém para a secretaria de Habitação. Naquele instante, eu chamei o PMDB e foi aceito o convite. Em seguida, trabalhamos a questão partidária para a eleição. Foi aí que fechamos nossa coligação: PV, PMDB e PR. Tanto existiu essa ligação, que indicamos o suplente do senador Garibaldi Filho. No momento que estou estudando essas mudanças, conversei tanto com o senador Garibaldi quanto com o deputado Henrique, sobre a possibilidade de quadros do PMDB ajudarem na nossa gestão. O PMDB, então, decidiu que não participaria formalmente. Confesso que não entendi. Porque antes já existia a participação com a secretaria de Habitação.

Henrique disse que a secretária de Habitação era uma sugestão pessoal dele...
(Pausa)... É....O que acontece é que, nesse caso específico do PMDB, eles definiram um dois em um. Tanto em relação à prefeitura quanto ao Governo do Estado. Mas já existia uma aliança administrativa e houve uma aliança política, na qual o PV indicou o suplente do senador do PMDB. Agora, com a ida de Garibaldi para o ministério, é um companheiro nosso, o deputado estadual Paulo Davim, que foi indicado pelo partido. Então, não existe nenhum afastamento do PMDB. Muito pelo contrário, o PMDB já estava na gestão e vai continuar. Agora, qual o nome que eles internamente vão dar a isso, cabe a eles escolher. Não cabe a mim.

Então, Henrique ou o PMDB indicará mais nomes para o secretariado?
Eu conversei com Henrique sobre alguns nomes que acho interessantes. São pessoas ligadas ao PMDB, as quais considero talentosas. Acho que elas podem contribuir com a nossa cidade. No primeiro momento, ele deu carta branca para que esses nomes venham a compor a nossa gestão.

Nas pesquisas de opinião, sua gestão enfrenta dificuldades de aceitação popular. Como a senhora avalia esse dado?
Quanto às questões da pesquisas de opinião, não vou questionar pesquisas. O que acontece é que nossa administração passou por problemas muitos sérios por falta de recursos. É lógico que a população quer ver os resultados. Ela não quer saber se o Governo Federal parou de mandar dinheiro ou o FPM caiu porque deram isenção de impostos para o carro zero. Se está faltando isso ou está faltando aquilo. Quer que as coisas aconteçam. A pesquisa é o retrato do momento. A partir de agora, a foto que vamos tirar será outra.

*Entrevista retirada do site do jornal Diário de Natal
*Caderno Política

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