O deputado estadual Agnelo Alves (PDT) que é pai do prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT) fez declarações que põem fim aos planos de uma possível candidatura ao Governo do Estado da vice-prefeita Wilma de Faria (PSB).
Em entrevista ao "O Jornal de Hoje" afirmando que o PDT dará apoio ao partido dos familiares Alves, Henrique e Garibaldi. “Posso afirmar que a aliança política do nosso partido nas eleições deste ano será de apoio a um nome do PMDB para o Governo do Estado”, disse.
Essa afirmação fecham praticamente as portas não só para a vice-prefeita Wilma, mas isolam de vez o vice-governador Robinson Faria (PSD) que buscava a todo custo o apoio do PMDB e já contava com o apoio de Carlos Eduardo.
Veja a entrevista na íntegra do deputado estadual Agnelo Alves ao "O Jornal de Hoje"
JH– O senhor está afirmando que a campanha eleitoral deste ano será atípica. Por quê?
AGNELO ALVES – Curiosamente entramos num ano eleitoral com um quadro que eu desconhecia, mesmo acompanhando a política do Rio Grande do Norte desde 1947. Temos uma situação indefinida. O PMDB, maior partido do Estado, tem um nome apoiado pelos dois líderes, Garibaldi Filho e Henrique Eduardo. Fernando Bezerra foi senador, ministro, e é um nome respeitado, no entanto, ninguém aparece para dizer que está de acordo, em desacordo. Não existe ninguém concordando com a posição dos líderes peemedebistas. Um é presidente da Câmara Federal, outro é ministro de Estado. Tem também a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria e ninguém se pronuncia sobre um possível apoio ao nome dela. Robinson Faria, um nome respeitado, também se posiciona como pré-candidato a governador, mas não aparece ninguém que o apoie. Se fosse você, repórter, procuraria um nome no Posto Ipiranga.
JH – Qual será o posicionamento político do PDT com relação a alianças políticas nas eleições deste ano?
AA – Não tenho pretensões de liderar o PDT, mas gosto de ouvir os correligionários. Posso afirmar, entretanto, que a aliança política do nosso partido nas eleições deste ano será de apoio a um nome do PMDB para o Governo do Estado.
JH – Qual será o desafio do próximo governador (a) do Rio Grande do Norte a partir de 2015?
AA – O próximo governador, tenha o nome que tiver, precisará reunir antes e durante o governo, o apoio para algumas providências sem as quais não estará apto para ser governador e sim ocupante da cadeira. Terá que ter coragem, discernimento e decisão para salvação de uma entidade chamada Governo do Estado que não precisa ser esmolé de mão estendida para o Governo Federal, mas um governo que decida falar forte, já que terá o apoio senão da unanimidade, mas pelo menos dos poderes legislativo, judiciário e Tribunal de Contas, que de vem ser avalistas das propostas governamentais encaminhadas desde o início da sua candidatura. O futuro governo terá que fazer uma reforma político/administrativa para que o Estado tenha condições de investir e não seja como é hoje um pagador atrasado dos seus próprios funcionários. Deve ter como lema o desenvolvimento econômico do Estado. Um governador que não se preocupe com a reeleição, mas com o futuro do Rio Grande do Norte.
JH – O senhor já trabalha sua reeleição?
AA – Minha preocupação no momento é contribuir para escolha do nome para o Governo do Rio Grande do Norte e a própria eleição estadual. Não importa ser de situação ou oposição. A partir daí decidirei. Vou saber se os amigos, correligionários e o povo anônimo apoiarão a minha reeleição. O que importa é que todos saibam que o Rio Grande do Norte está tendo uma oportunidade como nunca teve. Conta com o presidente da Câmara Federal, um ministro de Estado e os natalenses que já deram o primeiro passo.
JH – Sua expectativa sobre o orçamento para 2014?
AA – O orçamento é sempre uma peça de ficção. Tanto o governo elabora mantendo apenas os percentuais e números absolutos, como a Assembleia Legislativa, apesar dos esforços dos colegas deputados, tem mostrado que falta uma implementação para mudar, mostrando reforma que torne o orçamento uma peça confiável e não fictícia.
JH – O que o senhor espera para 2014 na Assembleia Legislativa?
AA – Minha expectativa é que a Assembleia Legislativa seja mais solicitada, não pela naturalidade de um ano eleitoral, mas pela oportunidade de acompanhar um programa administrativo pelo qual deva se empenhar.
JH – Seu nome tem sido citado na imprensa como possível candidato a vice-governador. Existe alguma articulação com relação a esse assunto?
AA – Não passa de citações. Posso participar do processo se receber um convite para um projeto de reforma político/administrativa do governo. Esse assunto não tem sido cogitado e não me preocupa. Quero e posso ajudar independentemente de cargo.
*Por: Rodrigo Klyngerr
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