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» »Unlabelled » Escolas públicas do estado fecham turnos por falta de alunos

Foto: Emanuel Amaral
Em outubro de 2010 a diretora da Escola Estadual Winston Churchill, Maria Eliane Silva de Carvalho Han, enviou um ofício à Secretaria de Educação com uma solicitação no mínimo inusitada. Ela pedia o fechamento do turno noturno de aulas. Os motivos do pedido são variados, incluem desde a evasão, somada ao desestímulo dos estudantes, passando pela queda nas matrículas. Mas a origem é uma só: a falta de qualidade no ensino.

O fechamento de um turno no Wiston Churchill reflete uma realidade vivida em diversas outras unidades da rede estadual, que somente de 2004 a 2009 passou a ter 100 mil alunos a menos, uma redução de 23,4% no total. Parte dessa diminuição se deve à transferência do Ensino Fundamental para os municípios. No entanto, uma parcela significativa é fruto da falta de atrativos das aulas nas escolas de Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) - especialmente no turno noturno.

O problema é reconhecido pela nova secretária Estadual de Educação, Betânia Ramalho, que já admite adiar por mais uma semana o início do ano letivo, previsto inicialmente para 14 de fevereiro, no intuito de organizar melhor a rede. A carência no ensino noturno, por exemplo, se reflete em números como os do Wiston Churchill. Nas quatro turmas noturnas de 1º ano do Ensino Médio, existentes em 2010, 132 alunos se matricularam e apenas 20 concluíram o ano. No “1º B”, de 33 apenas um não se evadiu.

Em um semestre à frente da escola, a diretora identificou no período noturno problemas como a saída antecipada de alunos por conta da insegurança e da necessidade de pegarem ônibus mais cedo, mas - principalmente - por falta de professores e de estímulo. O horário já reduzido, das 19h às 22h, termina vigorando somente de 19h às 21h, mas nem sempre é respeitado. “Muitas vezes às 20h já se contabiliza a ausência parcial ou total de alunos e professores na escola”, relata.

Muitos dos alunos chegam à escola fisicamente esgotados no período da noite, após a jornada de trabalho, e não encontram em sala de aula um ensino que os motive, ou estimule. “O que se aprende em sala pouco tem a ver com o mundo do trabalho”, lamenta Eliane Carvalho, complementando: “Uma escola só deve abrir suas portas quando se pode oferecer um ensino de qualidade.”

Diante do cenário, a diretora decidiu não abrir matrículas para o turno noturno. Os alunos estão sendo encaminhados ao Anísio Teixeira e os professores devem ser reaproveitados na mesma, ou em outras escolas. Eliane se diz cansada do slogan com o qual a comunidade já se acostumou (“professores fingem que ensinam e alunos fingem que aprendem”) e cobra melhorias.

Hoje, segundo ela, mesmo havendo interesse dos professores, não há condições de oferecer um ensino diferenciado no Wiston Churchill. O auditório da escola só serve como depósito de cadeiras quebradas. O estado da quadra de esportes surpreendeu os bombeiros, pois ferragens se misturavam perigosamente à instalação elétrica. O espaço para o lanche não é coberto e o primeiro andar não conta com torneiras, obrigando os funcionários a subirem com baldes, para fazer a limpeza

Não há laboratórios, nem mesmo o de informática, e a sala de vídeo é precária, funciona com apenas uma televisão. Inexiste prática esportiva organizada. “Se abríssemos vagas para o noturno, não iamos preencher o mínimo de 20 alunos por turma no primeiro ano. O segundo ia ter só os 20 e o terceiro 22. Não vale a pena”, resume.

Ela adverte que, diante de opções mais fáceis como os supletivos de “30 dias”, fica difícil atrair os alunos para as escolas da rede estadual. “Agora, se esse aluno soubesse que sairia daqui com um bom aprendizado, com certeza ele viria.”
*Reportagem do site do jornal Tribuna do Norte
*Repórter: Wagner Lopes

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