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Foto: Site Google |
O jogador Somália, do Botafogo, será notificado pela polícia por falsa comunicação de crime. Ele disse na delegacia que sofreu um sequestro-relâmpago. Mas os investigadores acham que ele mentiu para fugir da punição por um atraso no treino.
Foi na quarta-feira, dia da reapresentação do time do Botafogo, que o jogador Somália telefonou para dizer que estava atrasado, porque tinha sofrido um sequestro-relâmpago. O clube mandou que ele fosse à delegacia.
Na última quinta, depois do treino, Somália ainda confirmava tudo. “Passei momentos difíceis assim, nervoso. Eu chorava, pensava muito na minha filha, mas já está superado”, declarou ele.
Mas a história levantou a suspeita dos policiais, que foram ao prédio de Somália e recuperaram as imagens do circuito interno. Elas mostram o jogador chegando em casa quase 4h. A próxima imagem é das 8h46. Somália desce no elevador agitado. Mas, da garagem, volta pra casa.
Nove minutos depois desce novamente e sobe, mais uma vez, agora mexendo na carteira. Nessas imagens, ele está de relógio e cordão.
Minutos depois, o jogador volta ao elevador. São 9h05 e, desta vez, nem o relógio nem o cordão aparecem na imagem. Ele sai de carro.
“Ele deixou o prédio dele às 9h07 e chegou à 16ª DP às 9h32, narrando que ficou em poder do sequestrador por duas horas e vinte minutos. E os bens que ele narrou na nossa delegacia que teriam sido roubados são justamente o relógio, o cordão e o dinheiro que ele tinha na carteira. Então, consegui comprovar que esse fato não existiu”, afirmou a delegada Juliana Domingues.
A polícia pretende acusar o jogador Somália de falsa comunicação de crime, que tem no Código Penal, mas que é um delito considerado de pequena gravidade, que dá no máximo seis meses de detenção. E que, por isso, geralmente os juízes transformam em pagamento de multa e prestação de serviços comunitários.
Os policiais investigam se Somália inventou a história para fugir da multa por atraso no treino, que é de 40% do salário. O jogador treinou nesta quinta, mas ainda não comentou o caso.
*Reportagem do site do Jornal Nacional/TV Globo
*Site: www.g1.com.br/jn
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