Gilson é acusado por réus de participar ativamente no esquema que desviou recursos do Ipem. Foto: Arquivo |
O nome do deputado estadual Gilson Moura (PROS) voltou a ser citado por réus presos na Operação Pecado Capital, que suposto esquema de desvio de recursos no âmbito do Instituto de Pesos e Medidas do RN (Ipem).
Segundo os depoimentos dos réus, Gilson Moura seria um dos beneficiados direto no esquema. Em um dos depoimentos o réu afirmou que o deputado teria recebido verbas do Ipem para financiar sua campanha para prefeito de Parnamirim, em 2008.
Com os depoimentos de ontem (26) já foi possível desvendar a existência de funcionários fantasmas entre os anos de 2008 a 2010. De acordo com tais depoimentos, Gilson Moura teria alugado três carros de som para a sua campanha em Parnamirim por valores bem abaixo do valor de mercado, e para fechar o negócio, o deputado teria solicitado do proprietário dos carros de som, Sebastião Garcia, o número de cinco contas bancárias para fazer os depósitos dos recursos antecipadamente.
O montante arrecado com o aluguel dos carros de som foi de R$ 75 mil reais e o esquema ficou definido da seguinte forma: um irmão (Valmir Garcia), dois sobrinhos (Lílian Batista e Conrado Souza), uma amiga (Sheila Suerda), além do Sebastião Garcia, forneceram dados pessoais e números das contas de banco onde foram efetuados depósitos no montante total de R$ 75 mil. A família e o próprio Sebastião, foram contratados como funcionários do Ipem, os valores eram depositados mensalmente por meio de ordem bancária do órgão, mas nunca deram expediente no local.
Sebastião Garcia garante que não sabia da origem dos recursos e que imaginou que era apenas aluguel dos veículos pelo Ipem. O irmão, os sobrinhos e a amiga de Sebastião, acusaram advogados de Gilson Moura de tentarem coagi-los a mentirem em juízo, sob pena de “algo pior”.
*Por: Rodrigo Klyngerr
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