O deputado federal e ex-presidente do PT, José Genoino, se entregou na sede da Polícida Federal, em São Paulo, nesta sexta-feira (15).
Ele havia deixado sua residência no bairro Butantã pouco antes das 18h.
Acompanhado da esposa, fez um sinal de vitória e não conversou com a
imprensa.
Cerca de uma hora antes, o advogado de Genoino chegou à residência e
confirmou ter recebido a ordem de prisão. A amiga e militante do PT
Maria Joana disse que Genoino é um homem de coragem. "A coragem dele vai
mostrar para o país que isso não vai ficar assim", disse. Ela afirmou
que seguirá para a PF, onde acompanhará os próximos passos no início do
cumprimento da pena.
Nota oficial
Genoino divulgou nota nesta sexta-feira (15) afirmando que "com
indignação" vai cumprir a determinação do STF e reiterou que é inocente.
Ele afirma que se considera um "preso político". No texto, Genoino diz
que não há provas das acusações e que foi condenado porque estava
exercendo a presidência do PT.
Genoino afirma ainda que foi condenado numa "operação midiática". Ele
diz que o processo em que foi julgado teria sido marcado por
"desrespeito às regras do Estado democrático de direito" e injustiças.
Mandados de prisão
O plantão da Polícia Federal em Brasília confirmou ao G1 que recebeu na tarde desta sexta-feira (15) ofícios ordenando a execução imediata das penas para condenados no processo do mensalão. A PF enviou os ofícios para as superintendências regionais para iniciar a execução das prisões.
O STF publicou que nove réus não têm mais possibilidades de recurso e
por isso tiveram o processo do mensalão encerrado para parte das
condenações (o chamado trânsito em julgado).
São eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT
José Genoino, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, a ex-presidente do
Banco Rural Kátia Rabelo, o ex-vice-presidente do Banco Rural José
Roberto Salgado, o operador do esquema Marcos Valério, sua ex-secretária
Simone Vasconcelos, o ex-advogado de Valério Cristiano Paz e o ex-sócio
de Valério Ramon Hollerbach.
Nesta quinta, outros sete réus também tiveram o processo declarado como
transitado em julgado. São eles: o delator do mensalão, Roberto
Jefferson; o ex-deputado José Borba; o ex-tesoureiro do extinto PL
Jacinto Lamas; o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato; o
ex-primeiro secretário do PTB Emerson Palmieri; o ex-dono da corretora
Bônus-Banval Enivaldo Quadrado e o ex-deputado Romeu Queiroz.
Além desses 16 condenados, há outros seis réus que apresentaram
embargos infringentes em todos os crimes que foram condenados, mas que
não obtiveram ao menos 4 votos contra a condenação no julgamento.
*Com informações do G1 São Paulo
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